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Progep celebra o Dia da Mulher com programação especial na UFPA

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Progep) da Universidade Federal do Pará encerrou, nesta quinta-feira, 12, a programação alusiva às comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente no dia 8 de março. As atividades ocorreram no auditório da Coordenadoria de Capacitação – Capacit e incluíram uma roda de conversa com a participação da profª drª. Zélia Amador de Deus, da psicóloga drª. Jeisiane Lima Brito e da militante feminista e assistente social Msc Gizelle Freitas, além de serviços de bem-estar, como massoterapia, cuidados com a pele, designer de sobrancelhas, spa das mãos, entre outros.

As reflexões do dia começaram com a exibição do curta metragem Um sonho impossível?, animação divulgada em 1983 pelas Nações Unidas, que apresenta uma situação familiar em muitas realidades: a mulher que trabalha fora e ainda tem de fazer tudo em casa sozinha. O filme foi comentado pela assistente social Msc Luiza Horta, a qual ressaltou que, apesar de ser datado do século passado, o cenário traduzido é bastante atual, expressando a estrutura social mundial em relação à mulher, construída sobre diversas pequenas violências, as quais se fazem presentes no dia a dia da maior parte da população e, muitas vezes, acabam sendo naturalizadas por todos.

Desconstrução - A roda de conversa com a professora Zélia Amador de Deus também trouxe à baila o tema da diversidade de gênero e dos papéis socialmente construídos no que se refere ao feminino e ao masculino, que vai para além do fator biológico que define homens e mulheres e são formados das relações interpessoais. "Ser mulher é uma construção, bem como ser homem, socialmente instituída. Ser feminista significa querer a igualdade de direitos entre os sexos. Os estereótipos alimentam preconceitos, discriminações e desigualdades. O feminismo, portanto, existe para desconstruir esses conceitos e reconstruí-los sob novas bases. Sejamos todos feministas no modo de desconstruir as desigualdades de gênero", afirmou.

"Por isso que o 8 de março é tão importante para comemorar no sentido de trazer à memória todas as desigualdades que já existiram, os direitos que já foram alcançados e as lutas que ainda precisam ser travadas”, continuou a pesquisadora. Segundo Zélia Amador, a diferença de gênero precisa ser garantida levando-se em consideração a igualdade das pessoas como seres humanos, pois "o conceito de igualdade só está completo quando comporta a diferença". "Nós somos resultado dessa luta e devemos continuar lutando para legar um futuro melhor para as novas gerações, criando, inclusive, representatividades e lideranças".

Programação - A programação contou ainda com relato de experiência compartilhado pela obstetra e mastologista Laíses Braga, que trabalha há 35 anos no Hospital de Clínicas Gaspar Viana, a qual falou sobre o estigma que a mulher que trabalha fora do lar carrega por se dedicar a sua profissão. "Todos temos nossas responsabilidades na construção social em que vivemos", destacou. Houve ainda espaço para debates, além dos serviços de bem-estar.

As ações foram realizadas pela Progep, por meio da Coordenadoria de Qualidade de Vida e Bem-Estar no Trabalho (CQVT), subunidade da Diretoria de Saúde e Qualidade de Vida (DSQV), nos dias 9, 10 e 12 de março, com atividades envolvendo também os Hospitais Universitários Bettina Ferro e João de Barros Barreto.

"É um momento muito importante, porque é quando fazemos uma reflexão mais profunda sobre o papel social de cada um e a luta das mulheres ao longo dos anos, ampliando nossa noção de respeito não somente em relação às mulheres, mas também à causa, pois é a sociedade que é responsável pela reprodução do machismo. Precisamos trabalhar essa questão desde o momento em que os nossos filhos nascem, para que eles cresçam com a compreensão de que todos são iguais como pessoas e merecem respeito", disse o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Raimundo Almeida.

As participantes da programação também foram acolhidas pela diretora de Qualidade de Vida, Bárbara Troeira, e pela pró-reitora de Planejamento da UFPA, Raquel Trindade, que representaram as mulheres atuantes na gestão administrativa. Bárbara lembrou da atuação da professora Zélia Amador em sala de aula e como vice-reitora da UFPA, no período de 1993 a 1997, desde então, já se mostrando como uma mulher à frente de seu tempo. A pró-reitora Raquel destacou o esforço institucional para criar uma cultura de respeito e valorização da mulher, citando inclusive o fato de que a Instituição preza pela equiparação salarial entre os gêneros, mas é importante buscar ainda mais melhorias.


Texto: Jéssica Souza – Ascom/UFPA
Fotos: Nayana Batista e Progep

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